I Cor 1:27a Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; [...] Quando paro para pensar no Evangelho, na obra redenção através da Pessoa de Jesus, no poder de Deus e na plenitude da alegria que invade o nosso coração quando experimentamos do novo nascimento, parece-me que tudo isso é “loucura”.
É “loucura” um advogado bem sucedido, com esposa e dois filhos, abandonar sua carreira promissora e tornar-se um pregador da palavra de Deus dentro de uma favela ou bairro pobre.
É “loucura” um homem que estava perdido nas drogas e no álcool, que havia abandonado sua família, sujo e deixado de lado pela sociedade, ler um panfleto que recebeu na rua e ter sua vida transformada por completo, tornando-se um missionário no interior do nordeste brasileiro.
É “loucura” uma mãe de família depressiva, cheia de angústia e rancor, que já não ligava para os filhos e para o marido, ser modificada a tal ponto que passe a amar, que passe a ser mansa, a ter domínio próprio, a ter paz e, principalmente, a ter estampado em seu rosto marcas da alegria que paira sobre seu coração.
É “loucura” uma pessoa que não faz mal a ninguém, que dá auxílio aos mais necessitados, que pensa ser “bom”, gritar para todo mundo ouvir que necessita de perdão, que necessita ser liberto da escravidão do pecado, – é “loucura”!
É “loucura” um jovem que passa seus dias vivendo para si mesmo, que trata mal os seus pais, que gosta de uma boa “festa”, que não liga para ninguém, que faz o que dá “na cabeça”, sentir um aperto no coração de tal forma que ele venha anseie abandonar a vida que levava, para servir café e bolo, nas madrugadas, nos hospitais de sua cidade.
Entretanto, quando olhamos para a palavra do Senhor, em específico, no versículo que estamos observando (ICor 1:27a), vemos que Deus “escolhe”, isto é, separa, chama para si, as coisas “loucas” deste mundo.
Quão bom seria se todos nós fossemos estes “loucos” escolhidos por Deus. Alguns desejam não ser, outros apenas acham que são, mas outros se disponibilizam em ser; – estes disponíveis são os que Deus molda, renova e usa.
Sejamos nós os “loucos” de Deus. Mas loucos que sejam apaixonados por e para viver todos os Seus planos. “Loucos” para estarmos atentos as oportunidades que Ele tem nos concedido. “Loucos” para sermos ousados e usados pelo Senhor. “Loucos” para sermos obedientes a Ele, mesmo quando tudo não faz sentido. “Loucos” para negarmos a nós mesmos, para vivermos para o próximo e para amarmos sem limites, – seguindo assim, pela fé, Aquele que, por amor, nos resgatou das garras de satanás e nos transportou para o Reino de Deus, – Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.
Sendo “loucos” desta forma, estaremos remando contra a maré da sociedade hedonista, egocêntrica, que vive para si mesmo. Estaremos confundindo as coisas “sábias” deste mundo. Vamos ser incomodo! Vamos ser objeto de discórdia, de chacotas e fofocas. Mas, estaremos convictos de que faremos a diferença e, sendo diferença, estaremos certos e confiantes de que estamos andando no centro da vontade de Deus.
Que possamos caminhar perseverantes no amor que nos une a uma só fé, simplesmente porque Ele nos amou primeiro.
Eu quero ser um “louco” de Deus, e você.